terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ministério Público é contra regime semiaberto para Suzane von Richthofen


Suzane von Richthofen: uma psicopata?


Parece que sim.

Fria, calculista, narcisista, mentirosa, demonstrando ausência total de sentimentos.

Planejou o assassinato dos pais a pauladas, crime executado pelo namorado, enquanto a garota - classe média alta, estudante de direito (!!!) da PUC-SP - aguardava na sala. Após o crime, ambos foram para um motel.

Pena: 39 anos de cadeia em regime fechado e em presídio de segurança máxima.






MP de Taubaté dá parecer contrário a semiaberto para Suzane Richthofen


Promotoria tomou por base exame criminológico realizado no mês passado. Laudo diz que detenta é "imatura, egocêntrica e tem vontade de burlar a lei".

Luara Leimig



Suzane Richthofen foi presa em 8 de novembro de
2002 (Foto: Reprodução/TV Globo)


O Ministério Público de Taubaté (SP) foi contrário ao pedido de progressão de regime feito pela defesa de Suzane von Richthofen, presa na Penitenciária Feminina 1, de Tremembé, por envolvimento na morte dos pais em 2002. O parecer foi emitido nesta terça-feira (17) e teve como base um exame criminológico realizado por psicólogos no mês passado a pedido do próprio MP e da Vara de Execuções Criminais (VEC). A Promotoria encaminhou o parecer e o laudo à Justiça, que deve decidir no início do ano que vem se defere ou não o pedido da defesa de Suzane, feito em setembro.

O promotor Luiz Marcelo Negrini destaca em seu parecer que o exame foi conclusivo em apontar que Suzane "é emocionalmente instável, possui tendência em agir de forma impulsiva e sem medir as consequências de seus atos", além de "apresentar características psicóticas, vontade de burlar e desafiar a lei, imaturidade, egocentrismo e narcisismo". Com a progressão do regime para semiaberto, Suzane poderia, entre outros benefícios, trabalhar durante o dia fora da unidade prisional e voltar à noite para dormir na cadeia.

Segundo Negrini, que solicitou o laudo e acompanha o processo, Suzane foi submetida ao teste de Rorschach. De acordo com o promotor, esse exame é mais elaborado e é realizado, quando existe uma solicitação da Justiça, em detentos com maior nível intelectual ou de alta periculosidade. "Os psicólogos que participam deste processo de elaboração do exame criminológico formulam perguntas de forma simples que levam o preso a se sentir mais à vontade e a ir revelando mais a personalidade, sem que ele perceba. Muitas características que em um exame normal os presos avaliados tentariam esconder, neste teste de Rorschach acabam revelando o que não querem", explicou.

A juíza corregedora da VEC de Taubaté, Sueli Zeraik, informou que não pode comentar o laudo, pois o processo ainda está sendo julgado. A decisão da juíza sobre o pedido da defesa de Suzane deve ocorrer no início do ano, após o recesso do Poder Judiciário.

O advogado de defesa de Suzane, Denivaldo Barni, foi procurado, mas não atendeu às ligações até a publicação desta reportagem.

Prisão


Suzane von Richthofen está presa desde 8 de novembro de 2002 por envolvimento na morte dos próprios pais. O casal Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen foi assassinado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos em 31 de outubro de 2002. À época, Suzane era namorada de Daniel. Atualmente, ela cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo.

Quatro anos depois do crime, Suzane foi condenada a 39 anos de prisão em presídio de segurança máxima em regime fechado. Desde 2009, ela tenta mudar o regime de cumprimento da pena, mas já teve pedidos para ir ao semiaberto rejeitados por diversos tribunais. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a negar um pedido de progressão feito em 2010.

Em abril, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, pedido de Suzane para mudar de regime.

Em novembro, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, negou pedido feito pela defesa de Suzane von Richthofen para que ela fosse autorizada a se transferir do regime fechado para o semiaberto. O magistrado entendeu que não poderia decidir sozinho sobre o tema. Com isso, o caso ainda será avaliado pelo plenário da Primeira Turma do Supremo.

A defesa de Suzane argumentou que a condenada está "sofrendo constrangimento ilegal" em razão da decisão tomada pelo STJ. Mello disse que a defesa não comprovou nenhuma ilegalidade na decisão do STJ.


G1

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