sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Psicopata ou Sociopata?
O emprego do termo varia entre os especialistas. Mas isso não nos parece relevante. Psicopata ou Sociopata... o problema é o estrago que estas criaturas sinistras produzem na vida de suas vítimas.
O mundo tem gente boa e gente má. Há pessoas que simplesmente não prestam. Psicopatas ou Sociopatas são essas pessoas. Gente do Mal.
Abaixo publico vídeos da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, onde ela usa mais o termo "sociopata", embora seja autora do livro Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado.
Link do vídeo
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Psicopatas na família
E quando os psicopatas estão dentro de nossa família, nos lesando, nos roubando, nos oprimindo, promovendo dor, sofrimento e destruição?
Aí a coisa é muitíssimo mais grave.
Como se livrar destas pragas?
Não é fácil. Até porque estes seres sinistros muitas vezes se aliam ao que há de mais podre nas instituições, para continuar na impunidade.
Tem cabimento uma pessoa ser vítima de estelionato cometido por parentes próximos? Passa na cabeça de alguém que sobrinhos roubem descaradamente a própria tia? É admissível que mãe se associe a filhos para promover atentado (sequestro) e quem sabe até assassinar membro da família?
Lembram-se de Suzane Von Richthofen, paulistana, bem nascida, estudante de DIREITO da PUC de São Paulo, que planejou e mandou matar os pais a pauladas? Pois é...
O que acontece dentro destas mentes sombrias e criminosas?
Por que a Justiça não concede regime semiaberto a Suzane ?
A jovem que participou do assassinato dos pais, em 2002, é uma pessoa fingida, dissimulada? Ou está realmente arrependida do que fez?
Médicos, psicólogos e assistentes sociais tentam descobrir a seguinte resposta: Suzane Richthofen, a jovem que participou do assassinato dos pais, em 2002, é uma pessoa fingida, dissimulada? Ou está realmente arrependida do que fez?
Para a Justiça, ela ainda não está recuperada e não deve sair da cadeia. Você vai entender os motivos dessa decisão, em detalhes, na reportagem de Valmir Salaro.
O que pensa Suzane Richthofen, sete anos depois de ter participado da morte dos pais? Especialistas em desvendar a mente humana tiveram que encontrar uma resposta.
Durante entrevistas com dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social, a jovem pediu uma segunda chance e disse que não vai voltar a aceitar propostas erradas.
O psicólogo e professor de criminologia da USP, Alvino Augusto de Sá, foi designado pela Justiça para acompanhar os depoimentos. “Na entrevista, ela se mostra arrependida, diz que foi realmente uma grande desgraça que se abateu sobre a vida dela, sobre a vida dos pais dela”, diz o psicólogo.
A ex-estudante de Direito, que está presa na cadeia feminina de Tremembé, interior de São Paulo, já cumpriu pouco mais de seis anos - um sexto da pena. Assim, teria direito ao regime semiaberto, no qual o preso sai da cadeia durante o dia para trabalhar e só volta à noite.
Antes de tomar uma decisão, a Justiça exigiu o chamado exame criminológico, que incluiu, além de entrevistas com a jovem, uma série de testes psicológicos e psiquiátricos. “Há certas características de personalidade que não mudam, como, por exemplo, se a pessoa é agressiva, se a pessoa tem um conflito psicológico muito profundo”, explica o psicólogo Alvino Augusto de Sá.
Suzane tem 26 anos, frequenta cultos evangélicos. Trabalha na oficina de costura da cadeia, pega livros com frequência na biblioteca e fuma cerca de 15 cigarros por dia. Os funcionários a consideram uma presa exemplar.
Aos psiquiatras, psicólogos e assistente social que acompanharam as entrevistas, Suzane contou ter usado drogas como maconha, cocaína, ecstasy e solventes - incentivada, segundo ela, por Daniel Cravinhos.
A jovem também culpou o então namorado de ter planejado o crime. Ela disse que levava uma vida de princesa, tinha tudo o que queria, mas que, como os pais dela eram contra o namoro, Daniel a convenceu a participar do crime. Hoje, a jovem acha que já pode sair da cadeia, porque estaria recuperada, amadureceu e aprendeu o valor da família.
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora de livros sobre transtornos mentais, não concorda. “Uma menina universitária, inteligente e esperta, ela conclui exatamente como deve agir e se portar para que possa receber os benefícios da lei”, diz a psicóloga.
Uma pessoa que conhece bem a rotina de Suzane Richthofen afirma que ela é manipuladora. Essa pessoa disse ao Fantástico que a jovem escolhe duas presas para lhe dar proteção e que, em troca, oferece ajuda dos advogados dela. Quando essas companheiras conseguem, por exemplo, o benefício de deixar a cadeia, Suzane escolhe outras presas como protetoras.
Para a Justiça, ela ainda não está recuperada e não deve sair da cadeia. Você vai entender os motivos dessa decisão, em detalhes, na reportagem de Valmir Salaro.
O que pensa Suzane Richthofen, sete anos depois de ter participado da morte dos pais? Especialistas em desvendar a mente humana tiveram que encontrar uma resposta.
Durante entrevistas com dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social, a jovem pediu uma segunda chance e disse que não vai voltar a aceitar propostas erradas.
O psicólogo e professor de criminologia da USP, Alvino Augusto de Sá, foi designado pela Justiça para acompanhar os depoimentos. “Na entrevista, ela se mostra arrependida, diz que foi realmente uma grande desgraça que se abateu sobre a vida dela, sobre a vida dos pais dela”, diz o psicólogo.
A ex-estudante de Direito, que está presa na cadeia feminina de Tremembé, interior de São Paulo, já cumpriu pouco mais de seis anos - um sexto da pena. Assim, teria direito ao regime semiaberto, no qual o preso sai da cadeia durante o dia para trabalhar e só volta à noite.
Antes de tomar uma decisão, a Justiça exigiu o chamado exame criminológico, que incluiu, além de entrevistas com a jovem, uma série de testes psicológicos e psiquiátricos. “Há certas características de personalidade que não mudam, como, por exemplo, se a pessoa é agressiva, se a pessoa tem um conflito psicológico muito profundo”, explica o psicólogo Alvino Augusto de Sá.
Suzane tem 26 anos, frequenta cultos evangélicos. Trabalha na oficina de costura da cadeia, pega livros com frequência na biblioteca e fuma cerca de 15 cigarros por dia. Os funcionários a consideram uma presa exemplar.
Aos psiquiatras, psicólogos e assistente social que acompanharam as entrevistas, Suzane contou ter usado drogas como maconha, cocaína, ecstasy e solventes - incentivada, segundo ela, por Daniel Cravinhos.
A jovem também culpou o então namorado de ter planejado o crime. Ela disse que levava uma vida de princesa, tinha tudo o que queria, mas que, como os pais dela eram contra o namoro, Daniel a convenceu a participar do crime. Hoje, a jovem acha que já pode sair da cadeia, porque estaria recuperada, amadureceu e aprendeu o valor da família.
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora de livros sobre transtornos mentais, não concorda. “Uma menina universitária, inteligente e esperta, ela conclui exatamente como deve agir e se portar para que possa receber os benefícios da lei”, diz a psicóloga.
Uma pessoa que conhece bem a rotina de Suzane Richthofen afirma que ela é manipuladora. Essa pessoa disse ao Fantástico que a jovem escolhe duas presas para lhe dar proteção e que, em troca, oferece ajuda dos advogados dela. Quando essas companheiras conseguem, por exemplo, o benefício de deixar a cadeia, Suzane escolhe outras presas como protetoras.
“Só mostra esse poder de articulação e de sedução. É totalmente condizente com a personalidade dela, sem surpresa nenhuma”, afirma a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva.
Os psicólogos que examinaram Suzane Richthofen avaliaram que os relacionamentos da jovem seriam precários, infantis, atendendo exclusivamente às suas demandas pessoais. Suzane também teria reações imprevisíveis e conduta dissimulada. Em outras palavras, um comportamento falso, fingido. E mais: os valores éticos e familiares dela, segundo os psicólogos, seriam produto de um discurso pronto, sem autenticidade.
De acordo com o professor da USP, os psiquiatras que participaram do exame criminológico não tiveram a mesma opinião dos psicólogos. Os médicos concluíram que Suzane Richthofen não sofre de doença mental e que, em liberdade, dificilmente cometeria outro crime. O resultado do exame psicológico serviu de base para a Justiça tomar uma decisão. Suzane, arrependida ou não, ainda deve ficar mais tempo na cadeia, longe do convívio social.
Na decisão, de outubro deste ano, disponível na íntegra na internet, a juíza Sueli Armani cita as principais conclusões do exame, como a facilidade que Suzane tem de perder o controle emocional.
A sentença afirma que a aparente fragilidade da jovem constitui flagrante dissimulação e que o bom comportamento na cadeia pode ser intencional, por conveniências próprias, visando à obtenção de benefícios. A juíza negou a concessão do regime semiaberto a Suzane Richthofen. Ou seja, ela vai continuar presa. A defesa da jovem já entrou com recurso na Justiça.
O professor de criminologia da USP acredita que um dia Suzane Richthofen pode até ter uma vida normal, fora da cadeia. “Se ela tiver uma boa assistência terapêutica, acho que ela tem condições de um dia voltar mais consciente, mais segura, mais resistente à frustração”, aposta o psicólogo Alvino Augusto de Sá.
Se nenhum beneficio for concedido pela Justiça, Suzane Richthofen só deve sair da prisão em 2040.
Os psicólogos que examinaram Suzane Richthofen avaliaram que os relacionamentos da jovem seriam precários, infantis, atendendo exclusivamente às suas demandas pessoais. Suzane também teria reações imprevisíveis e conduta dissimulada. Em outras palavras, um comportamento falso, fingido. E mais: os valores éticos e familiares dela, segundo os psicólogos, seriam produto de um discurso pronto, sem autenticidade.
De acordo com o professor da USP, os psiquiatras que participaram do exame criminológico não tiveram a mesma opinião dos psicólogos. Os médicos concluíram que Suzane Richthofen não sofre de doença mental e que, em liberdade, dificilmente cometeria outro crime. O resultado do exame psicológico serviu de base para a Justiça tomar uma decisão. Suzane, arrependida ou não, ainda deve ficar mais tempo na cadeia, longe do convívio social.
Na decisão, de outubro deste ano, disponível na íntegra na internet, a juíza Sueli Armani cita as principais conclusões do exame, como a facilidade que Suzane tem de perder o controle emocional.
A sentença afirma que a aparente fragilidade da jovem constitui flagrante dissimulação e que o bom comportamento na cadeia pode ser intencional, por conveniências próprias, visando à obtenção de benefícios. A juíza negou a concessão do regime semiaberto a Suzane Richthofen. Ou seja, ela vai continuar presa. A defesa da jovem já entrou com recurso na Justiça.
O professor de criminologia da USP acredita que um dia Suzane Richthofen pode até ter uma vida normal, fora da cadeia. “Se ela tiver uma boa assistência terapêutica, acho que ela tem condições de um dia voltar mais consciente, mais segura, mais resistente à frustração”, aposta o psicólogo Alvino Augusto de Sá.
Se nenhum beneficio for concedido pela Justiça, Suzane Richthofen só deve sair da prisão em 2040.
domingo, 28 de agosto de 2011
Sociedade psicopática e cultura da esperteza
Um traço que observei como vítima de psicopatas é que eles são pessoas "do mundo". Eles cultivam o aqui e agora, o TER, o poder, o dinheiro.
Não há nada de mal em ganhar dinheiro e ser bem-sucedido. O problema é que o psicopata quer "subir na vida sem fazer força", fazendo os outros de "degraus". Quer vencer, prosperar, por meio de golpes, de vigarices, de enganação, "puxando o tapete" de terceiros, lesando, se apropriando desavergonhadamente do que não lhe pertence. O chamado "alpinista social".
Não tendo escrúpulos, freio moral, remorso, problemas de consciência, os psicopatas se comportam como animais selvagens numa selva. Por isso sua patologia é chamada pela psiquiatria de TPA: Transtorno de Personalidade Antisocial.
Psicopatas são antisociais. Não sentem afeto por ninguém. São movidos apenas por interesses e vantagens. Costumam ser simpáticos, acolhedores, mas é tudo máscara, cinismo, hipocrisia. Os reis e os mestres da mentira. Seres do Mal.
Pura patifaria.
Abaixo, uma pequena entrevista da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva ao programa Happy Hour, do GNT, onde ela fala da sociedade psicopática e da cultura da maldade, da esperteza.
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sábado, 27 de agosto de 2011
Psicopata: erva daninha e venenosa
A ciência diz que dos 4% de psicopatas no mundo, 1% são mulheres. Será que é só isso? Talvez as mulheres tenham uma habilidade maior pra disfarçar, camuflar sua maldade, seu mau-caratismo. Os homens, mais violentos e agressivos, acabam se denunciando mais, cometendo crimes bárbaros, tendo maior visibilidade social.
De qualquer forma, mulheres psicopatas são extremamente danosas. Sua ação não deixa de ser violentamente destrutiva na vida de pessoas generosas, de bom coração, como as da minha família, vítimas, por mais de 30 anos, de uma psicopata fria, calculista e maligna.
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Psicopatas: como se proteger destes seres malignos
Como identificar e se proteger de psicopatas - O Caso Mariana Gonçalves | |||
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Psicopatas? Código Penal neles!!!
Psicopatas costumam ser cínicos, hipócritas, fingidos. Estão sempre representando o papel de generosos e bonzinhos, mas por baixo da casca apenas ruindade, mau-caratismo, maldade.
Psicopatas cometem de pequenos delitos a crimes gravíssimos, como assassinatos. E se não matam literalmente, destroem vidas afetivas, vidas financeiras. Arruinam pessoas pelo simples prazer de lesar.
Psicopatas são predadores sociais, servidores do Mal, escória, lixo humano.
Animais selvagens vivendo fora da jaula, próximos de todos nós.
Já disse aqui que sou contrária à violência. Quem deve sancionar estes vigaristas, golpistas, criminosos é a Polícia, o Poder Judiciário.
Psicopatas?
Código Penal neles!!!
A seguir mais um vídeo da novela "Caminho das Índias", onde a piranha-psicopata Yvone (Letícia Sabatella) leva uma surra da amiga Sílvia (Débora Bloch), a quem lesou e predou.
Link do vídeo
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Psicopatas: animais selvagens
Há quem passe por um bosque e veja apenas lenha para fogueira.
Autor Desconhecido
Os psicopatas e as psicopatas são assim.
A mente sombria, a calculadora instalada do lado esquerdo do peito, o olhar maligno e interesseiro e o sangue gélido caracterizam estas verdadeiras feras em forma de gente.
Muitos debutam na criminalidade como "maçãs podres da fruteira", cometendo inicialmente pequenas vigarices. A ambição desmedida, a sede de poder, a ignorância de quem os cerca e a impunidade alimentam estes seres trevosos e vão dando a eles segurança para irem refinando seus crimes e atrocidades. E fazendo discípulos e cúmplices. Psicopatas de grau moderado são, por exemplo, os estelionatários, "171", e os mandantes de atentados e assassinatos. Psicopatas graves são os assassinos brutais, serial killers.
Psicopatas estão na política. Psicopatas estão na mídia. Psicopatas estão nas igrejas e templos. Em todas as religiões. Psicopatas podem ser profissionais de sucesso, empresários, médicos, professores, advogados, servidores públicos, donas de casa, marido, esposa, filho, irmão, amigo...
Psicopata pode ser seu vizinho, morar na casa ao lado. Psicopata pode ser seu inquilino, compartilhando espaços com você. Psicopata pode ser um parente seu, viver dentro de sua casa, lesando e dando golpes. E pode levar anos até que você descubra que tem uma praga destas dentro da sua vida.
Suas vítimas? Todos os que têm bom coração e algo de que eles possam se apropriar para conseguir ampliar seu patrimônio, status e poder.
Por onde passam, psicopatas deixam um rastro de sofrimento e destruição.
Em países de Primeiro Mundo, psicopatas delinquentes cumprem penas severas, ficando anos na cadeia, muitas vezes em isolamento. No Brasil, muitas vezes eles estão aí, como estes que me perseguem e esbulham, "soltinhos da silva", cometendo seus crimes, promovendo violências de todo tipo, inclusive ameaçando a blogueira e seus animais de estimação de morte e agressão física, uma vez que se comportam como animais selvagens que escaparam de sua jaula.
O Mal existe. E tem que ser reprimido duramente.
Veja o que diz a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva em entrevista à revista Época e aprenda a se defender destes seres malignos.
Ana Beatriz Barbosa Silva: Psicopatas não sentem compaixão
MARTHA MENDONÇA
O mal existe e não tem cura. É o que afirma a psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, que acaba de lançar Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado. No livro, ela afirma que psicopatas nascem com um funcionamento cerebral que não permite conexão com os outros seres humanos – e por isso agem sem limites. Ana Beatriz diz ainda que é um equívoco relacionar psicopatas apenas com pessoas capazes de atos violentos ou assassinatos em série. “Eles são 4% da população e podem ser qualquer pessoa: um colega de trabalho, o marido ou um filho”.
ENTREVISTA - ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA |
![]() | QUEM É Carioca, 44 anos, psiquiatra pós-graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro O QUE FAZ É diretora das clínicas Medicina do Comportamento, no Rio e em São Paulo, onde atende pacientes e supervisiona tratamentos O QUE PUBLICOU Mentes Inquietas, Mentes & Manias, Mentes Insaciáveis: Anorexia, Bulimia e Compulsão Alimentar e Mentes com Medo: da Compreensão à Superação |
ÉPOCA – O que é um psicopata?
Ana Beatriz Barbosa Silva – Antes dessa definição, é preciso saber o seguinte: a maldade existe. Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Psico quer dizer mente; pathos, doença. Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.
Ana Beatriz Barbosa Silva – Antes dessa definição, é preciso saber o seguinte: a maldade existe. Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Psico quer dizer mente; pathos, doença. Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.
ÉPOCA – Qual é a natureza da psicopatia? Os psicopatas nascem assim?
Ana Beatriz – Os psicopatas nascem com um cérebro diferente. Os seres humanos têm o chamado sistema límbico, a estrutura cerebral responsável por nossas emoções. É uma espécie de central emocional, o coração da mente. Em 2000, dois brasileiros, o neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll, descobriram a prova definitiva dessa diferença da mente psicopata, por meio da chamada ressonância magnética funcional, que mostra como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Nesse exame, mostraram imagens boas (belezas naturais, cenas de alegria) e outras chocantes (morte, sangue, violência, crianças maltratadas). Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa. Nos psicopatas, não há diferença. O sistema límbico dessas pessoas não funciona. O pôr do sol ou uma criança sendo espancada geram as mesmas reações. Da mesma forma, não há repercussão no corpo. Eles não têm taquicardia, não suam de nervoso. Por isso passam tranquilamente num detector de mentiras.
Ana Beatriz – Os psicopatas nascem com um cérebro diferente. Os seres humanos têm o chamado sistema límbico, a estrutura cerebral responsável por nossas emoções. É uma espécie de central emocional, o coração da mente. Em 2000, dois brasileiros, o neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll, descobriram a prova definitiva dessa diferença da mente psicopata, por meio da chamada ressonância magnética funcional, que mostra como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Nesse exame, mostraram imagens boas (belezas naturais, cenas de alegria) e outras chocantes (morte, sangue, violência, crianças maltratadas). Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa. Nos psicopatas, não há diferença. O sistema límbico dessas pessoas não funciona. O pôr do sol ou uma criança sendo espancada geram as mesmas reações. Da mesma forma, não há repercussão no corpo. Eles não têm taquicardia, não suam de nervoso. Por isso passam tranquilamente num detector de mentiras.
ÉPOCA – Há muitos psicopatas no mundo?
Ana Beatriz – Mais do que se imagina. Cerca de quatro em cada cem pessoas, segundo as estatísticas americanas. Mais homens do que mulheres. Todos têm em comum a ausência do sentimento em relação às outras pessoas. Não conseguem se colocar no lugar do outro, daí agirem de forma fria e sem arrependimentos. O que caracteriza o psicopata não é o nível do crime, mas a forma como ele o comete, a predisposição para planejar e executar sem nenhum sentimento em relação à vítima.
Ana Beatriz – Mais do que se imagina. Cerca de quatro em cada cem pessoas, segundo as estatísticas americanas. Mais homens do que mulheres. Todos têm em comum a ausência do sentimento em relação às outras pessoas. Não conseguem se colocar no lugar do outro, daí agirem de forma fria e sem arrependimentos. O que caracteriza o psicopata não é o nível do crime, mas a forma como ele o comete, a predisposição para planejar e executar sem nenhum sentimento em relação à vítima.
ÉPOCA – Como saber se estamos convivendo com um psicopata?
Ana Beatriz – Não é tão fácil detectá-los, especialmente quando temos alguma ligação afetiva com eles. Maridos que espancam suas esposas, por exemplo: as estatísticas mostram que 25% são psicopatas, e grande parte delas não aceita a verdade. Mas há algumas características básicas entre eles: falam muito de si mesmos, mentem e não se constrangem quando descobertos, têm postura arrogante e intimidadora por um lado, mas são charmosos e sedutores por outro. Costumam contar histórias tristes, em que são heróis e generosos. Manipulam as pessoas por meio de elogios desmedidos. Se tiver de começar a desconfiar de alguém, desconfie dos bajuladores excessivos. Chefes também podem ser psicopatas – o que costuma se manifestar pelo assédio moral aos funcionários. Um dado interessante é que eles não sentem compaixão, pena, remorso. Mas sabem, cognitivamente, o que é ter esses sentimentos. Daí representarem tão bem – e às vezes exageradamente – a vítima.
Ana Beatriz – Não é tão fácil detectá-los, especialmente quando temos alguma ligação afetiva com eles. Maridos que espancam suas esposas, por exemplo: as estatísticas mostram que 25% são psicopatas, e grande parte delas não aceita a verdade. Mas há algumas características básicas entre eles: falam muito de si mesmos, mentem e não se constrangem quando descobertos, têm postura arrogante e intimidadora por um lado, mas são charmosos e sedutores por outro. Costumam contar histórias tristes, em que são heróis e generosos. Manipulam as pessoas por meio de elogios desmedidos. Se tiver de começar a desconfiar de alguém, desconfie dos bajuladores excessivos. Chefes também podem ser psicopatas – o que costuma se manifestar pelo assédio moral aos funcionários. Um dado interessante é que eles não sentem compaixão, pena, remorso. Mas sabem, cognitivamente, o que é ter esses sentimentos. Daí representarem tão bem – e às vezes exageradamente – a vítima.
ÉPOCA – E a verdadeira vítima quem é?
Ana Beatriz – Quase sempre pessoas generosas, em especial aquelas que não acreditam no mal e costumam tentar justificar as atitudes de todo mundo.
Ana Beatriz – Quase sempre pessoas generosas, em especial aquelas que não acreditam no mal e costumam tentar justificar as atitudes de todo mundo.
ÉPOCA – Um assassino pode não ser psicopata e um psicopata pode jamais matar?
Ana Beatriz – Sim, isso é muito importante. É um equívoco pensar que apenas assassinos seriais são psicopatas, e um dos objetivos de meu livro é justamente este: mostrar que a psicopatia não está ligada apenas ao homicídio. Existem assassinos passionais que jamais matariam novamente. Um exemplo é a mulher que matou o estuprador do filho dela de 4 anos. Ela nada tem de psicopata. Ao contrário, apesar da violência, o crime dela pode ser compreensível para muitas mães. Ao passo que um psicopata pode nunca ter a necessidade de assassinar, resolvendo suas questões matando vidas afetivas e financeiras, prejudicando pessoas de forma irreversível, mas sem matá-las. Na população carcerária, segundo pesquisas feitas no Canadá e nos Estados Unidos, há de 20% a 25% de psicopatas.
Ana Beatriz – Sim, isso é muito importante. É um equívoco pensar que apenas assassinos seriais são psicopatas, e um dos objetivos de meu livro é justamente este: mostrar que a psicopatia não está ligada apenas ao homicídio. Existem assassinos passionais que jamais matariam novamente. Um exemplo é a mulher que matou o estuprador do filho dela de 4 anos. Ela nada tem de psicopata. Ao contrário, apesar da violência, o crime dela pode ser compreensível para muitas mães. Ao passo que um psicopata pode nunca ter a necessidade de assassinar, resolvendo suas questões matando vidas afetivas e financeiras, prejudicando pessoas de forma irreversível, mas sem matá-las. Na população carcerária, segundo pesquisas feitas no Canadá e nos Estados Unidos, há de 20% a 25% de psicopatas.
ÉPOCA – Seu livro comenta o assassinato da atriz Daniella Perez. É um caso clássico de psicopatia?
Ana Beatriz – O caso tem características que levam a esse diagnóstico. Guilherme de Pádua premeditou a morte da vítima, a atraiu para o crime e horas depois foi prestar solidariedade à mãe da moça.
Ana Beatriz – O caso tem características que levam a esse diagnóstico. Guilherme de Pádua premeditou a morte da vítima, a atraiu para o crime e horas depois foi prestar solidariedade à mãe da moça.
ÉPOCA – Como você classificaria Lindemberg Fernandes Alves, que sequestrou e assassinou a ex-namorada Eloá? Ele seria um psicopata?
Ana Beatriz – O ato é de uma personalidade psicopática. Ele usou a razão para dominar os reféns e controlar tudo em volta. Atirou na multidão e disse que era o “príncipe do gueto”, “o cara”. Deu entrevistas por telefone, conseguiu que uma das reféns voltasse ao cativeiro. No fim, com a invasão da polícia, não hesitou em atirar nas duas. Ele começou a namorar a Eloá quando ela tinha 12 anos. Certamente a tratava como propriedade, não admitindo perder esse controle.
Ana Beatriz – O ato é de uma personalidade psicopática. Ele usou a razão para dominar os reféns e controlar tudo em volta. Atirou na multidão e disse que era o “príncipe do gueto”, “o cara”. Deu entrevistas por telefone, conseguiu que uma das reféns voltasse ao cativeiro. No fim, com a invasão da polícia, não hesitou em atirar nas duas. Ele começou a namorar a Eloá quando ela tinha 12 anos. Certamente a tratava como propriedade, não admitindo perder esse controle.
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